AMACI abre a
mente, os sentidos, o espírito e a alma
Axé a todos! A
Umbanda é realizadora e transformadora por excelência. É uma religião que nos
aproxima do Sagrado e que permite adentrarmos em nós mesmos para assim, de
forma mais verdadeira e intensa, nos colocarmos à “disposição” do próximo,
seja ele encarnado ou desencarnado.
Simbolicamente, o
médium deve considerar uma ferramenta usada pelo Divino em favor do Outro, da
Comunhão e da Paz, um instrumento que deve e merece “reparos periódicos” para que não se perca a qualidade do
trabalho manifestado, para que as engrenagens não enferrujem, para que as
juntas não atrofiem, para que a maleabilidade não resseque e para que o molejo
não se enrijeça.
Envolto em toda essa
grandiosidade, um dos rituais mais potentes quando pensamos em “reparos periódicos”, é o que chamamos de AMACI.
O Amaci é o primeiro
sacramento da Umbanda para os umbandistas. É a iniciação dos filhos para
entrarem no mundo dos trabalhos da Umbanda. Não é o mesmo que batismo, já que
este tem como finalidade purificar o encarnado dos pecados anteriores,
simbolicamente. O batismo é como uma limpeza para que se inicie uma jornada
nova, é uma opção da pessoa ou de seus pais em viver conforme as leis divinas,
aceitando e querendo que a pessoa batizada aprenda a enxergar e a interpretar a
luz dos Orixás (de Deus), e pode ser recebido por qualquer pessoa.
O Amaci, por sua vez, é destinado apenas aos filhos que já trabalham na corrente mediúnica, e tem uma forte vontade e desejo de continuarem como trabalhadores da seara mediúnica umbandista. Ou seja, para os médiuns que já têm certa convicção de que o caminho para se iluminarem e levarem luz para os seres vivos é a Umbanda.
O Amaci, por sua vez, é destinado apenas aos filhos que já trabalham na corrente mediúnica, e tem uma forte vontade e desejo de continuarem como trabalhadores da seara mediúnica umbandista. Ou seja, para os médiuns que já têm certa convicção de que o caminho para se iluminarem e levarem luz para os seres vivos é a Umbanda.
AMACI vem da palavra
‘amaciar’, ‘tornar receptivo’, é um ritual, uma espécie de iniciação que todos
os médiuns umbandistas, iniciantes ou não, devem, pelo menos uma vez ao ano,
passar.
É um liquido (banho) preparado com folhas (ervas) e águas sagradas escorado por alguns fundamentos
específicos da Umbanda e que tem como objetivo a lavagem da cabeça/coroa (crôa) do
médium.
Nesse contexto, o
Amaci ‘desperta’ as faculdades nobres do médium que ainda estão adormecidas,
descarrega e apazigua o chacra coronário (centro de recepção espiritual
Superior) e ainda liga/religa o médium ao Orixá, fazendo com que ele tenha a
Sua vibração e energia interiorizada em seu espírito, mente e coração.
Receber o Amaci é
entrar em contato direto com o Poder do Orixá, é um momento de grande
emoção e que deve estar enredado pela reverência, amor, devoção, lealdade e
comprometimento para com o Orixá, a Umbanda e o Plano Espiritual.
a) apresentar o filho
ou a filha para o seu Orixá como um de seus instrumentos para o exercício de
Seu Amor e de Sua Luz;
b) Imantar e entregar
a coroa do médium para o seu Orixá de Coroa (crôa);
c) Iniciar o médium
como um membro ativo da Umbanda, com responsabilidades e compromissos com os
Orixás (compromissos e responsabilidades são amar o próximo, dedicar parte de
sua vida para exercer sua religião com amor e respeito e disciplina.
Doar suas energias e
tempo para o bem de teu próximo, doar seu corpo, mente e alma para promover a
caridade – o amor essencial);
d) Manter esse médium assistido e cuidado, já que sua coroa (crôa) vibrará na intensidade e na força da Casa, sendo alimentado seu chacra coronário constantemente, garantindo mais segurança e harmonia para esse filho ou filha, possibilitando um maior cuidado e zelo do Pai-de-Santo com seus filhos do ponto de vista espiritual;
d) Manter esse médium assistido e cuidado, já que sua coroa (crôa) vibrará na intensidade e na força da Casa, sendo alimentado seu chacra coronário constantemente, garantindo mais segurança e harmonia para esse filho ou filha, possibilitando um maior cuidado e zelo do Pai-de-Santo com seus filhos do ponto de vista espiritual;
O Amaci não é um
compromisso de nunca mais sair da Umbanda, não é o fechamento da porta de
saída, não é uma responsabilidade que não se possa posteriormente ser desistida.
Assim não é um
compromisso para toda a vida, é um compromisso que respeita totalmente o
LIVRE-ARBÍTRIO.
O maior compromisso
dos médiuns foi feito antes de seu reencarne, o Amaci é apenas uma primeira
confirmação desse compromisso.
“O Amaci é também
fundamento da Umbanda e foi desenvolvido desde o começo quando eram
recomendados pelos guias espirituais, as lavagens de cabeça, o assentamento
através do Amaci, tudo isso é fundamento material da religião.
Esses fundamentos nós
temos que preservá-los e aperfeiçoá-los cada vez mais e estimular o uso deles,
porque quando uma pessoa com mediunidade aflorada faz determinado resguardo se
predispondo para receber o Amaci, ela vai receber uma irradiação energética
muito forte que através do elemento vegetal colocado na cabeça dela, aquela
água naquele momento derramada, vai purificar todo seu mental, vai deixar a sua
coroa purificada; aí sim, vai receber a irradiação do seu Orixá.
Vocês têm dentro deste trabalho de lavagem de cabeça do Amaci, um dos recursos mais bonitos da nossa religião para a purificação do mental das pessoas. Ele não é usado constantemente, é usado anualmente. O Amaci usa ervas específicas dos Orixás, curtidas após serem maceradas e que ficam diante do altar recebendo também a irradiação das divindades e, através dessas irradiações, elas vão recebendo um Axé específico que quando derramadas sobre a coroa dos filhos da casa, eles passam por uma energização que beneficia posteriormente a incorporação dos seus Orixás.
Vocês têm dentro deste trabalho de lavagem de cabeça do Amaci, um dos recursos mais bonitos da nossa religião para a purificação do mental das pessoas. Ele não é usado constantemente, é usado anualmente. O Amaci usa ervas específicas dos Orixás, curtidas após serem maceradas e que ficam diante do altar recebendo também a irradiação das divindades e, através dessas irradiações, elas vão recebendo um Axé específico que quando derramadas sobre a coroa dos filhos da casa, eles passam por uma energização que beneficia posteriormente a incorporação dos seus Orixás.
Os fundamentos da
Umbanda estão aí, tanto os religiosos quanto os materiais para nós usufruirmos
deles com fé, amor e confiança, sempre baseados que, sem a fé nenhuma prática
religiosa trás benefícios.
Já vi pessoas com a fé fragilizada pensarem que mudando para o Candomblé ou para o Espiritismo iriam solucionar seus problemas, quando o que precisavam era mudarem seus íntimos.
Já vi pessoas com a fé fragilizada pensarem que mudando para o Candomblé ou para o Espiritismo iriam solucionar seus problemas, quando o que precisavam era mudarem seus íntimos.
O Amaci comprado já
pronto não serve para as iniciações, só para banhos. Ele precisa ser feito com
ervas frescas ou já secas, maceradas em agua e feito pelo Pai ou Mãe
Espiritual, que passa o seu axé, sua força vital, sua irradiação de fé e a do
altar, sempre iluminado, porque, depois de preparado é deixado em repouso no
altar para receber o axé do Orixá...
Nós temos dentro da
Umbanda todo um Panteão Divino, onde estão assentadas muitas divindades,
algumas muito bem definidas muito cultuadas e muito conhecidas, outras nem
tanto. Nós conhecemos algumas como: Pai Ogum, Pai Oxalá, Pai Xangô, Mãe
Iemanjá, Mãe Oxum, Mãe Iansã, Pai Oxóssi, que são muito cultuados mesmo!
Outros orixás são menos cultuados, tais como: - Omulu, Obaluaiê, Oxumaré, Egunitá, Oya Logunan, Nanã Boruquê e Obá, talvez por desconhecimento dos seus fundamentos divinos, que os definem como divindades. Mas, porque são divindades, eles trazem em si o poder de atuarem na vida de um ser, de atuar de forma decisiva, porque dentro do campo de cada uma destas divindades, elas são é em si Onipotentes, ela são as potências divinas atuando naqueles campos.
Outros orixás são menos cultuados, tais como: - Omulu, Obaluaiê, Oxumaré, Egunitá, Oya Logunan, Nanã Boruquê e Obá, talvez por desconhecimento dos seus fundamentos divinos, que os definem como divindades. Mas, porque são divindades, eles trazem em si o poder de atuarem na vida de um ser, de atuar de forma decisiva, porque dentro do campo de cada uma destas divindades, elas são é em si Onipotentes, ela são as potências divinas atuando naqueles campos.
Se nós acreditamos
que o Pai Ogum é um ótimo Orixá para quebrar demandas, que ele é associado à
Lei Divina, é porque ele é essa potência divina de Deus, que atua quebrando
demandas.
Se nós falarmos que a Mãe Oxum é ótima para os casos de conciliação, de harmonização, nos casos de amor, é porque ela é em si mesma esse mistério de Deus que chamamos Amor divino.
Se nós falarmos que a Mãe Oxum é ótima para os casos de conciliação, de harmonização, nos casos de amor, é porque ela é em si mesma esse mistério de Deus que chamamos Amor divino.
E cada divindade
Orixá é um mistério de Deus e nós temos que entender as divindades como seres
divinos que são em si essas qualidades de Deus. Uma atua no campo da Lei, outra
no campo do Amor e, se associamos Oxalá à imagem de Jesus Cristo, pois nos leva
à fé, ótimo Oxalá é em si a Fé em Deus. Essa fé conduz toda a humanidade!”.
(matéria publicada no
JNU, por Rubens Saraceni)
FONTES:
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