“Fanus” vem do grego e quer dizer
templo, o fanático é aquele que “trocou” Deus pelo templo. A adoração dele já
não é para Deus e sim para “coisas” do Templo em si. É a pessoa apegada ao meio
e não ao fim pelo qual este meio busca alcançar.
Ele
se prende entre procedimentos rituais, dogmas e tabus. O Fanático além de não
pensar em outra coisa, senão no “Templo” com suas “regras” também crê que sua
religião é melhor que as outras.
O fanático quer converter a todos e salvar o mundo com sua
religião, a única que tem condições para isto. O fanatismo é um vício no campo
da Fé.
O Templo é algo que faz parte da religião, mas não é a religião.
No templo se criam dogmas e tabus, na religião de Umbanda não,
pois não está instituída, não responde a uma instituição. O que dá uma grande
liberdade a seus praticantes que devem seguir sim a ética e o bom senso, pois
esta sim é a Lei da Umbanda.
Seja livre, a Umbanda é livre...
Muitos são Católicos e frequentam a Umbanda, muitos são
espíritas e praticam a Umbanda, outros são de nação e trabalham na Umbanda… Podemos
ser Umbandistas e visitar outras religiões e cultos, a Umbanda reconhece todos
os caminhos que levam a Deus.
Umbanda é mais do que uma religião, é uma forma de pensar e
viver.
Para mim “Umbanda é Universalismo prático”. Ser Umbandista é ter
o pé no chão e a cabeça aberta a tudo.
Religião não é um conjunto de regras, práticas, dogmas e tabus…
religião é uma experiência concreta com o sagrado, Religião é o ato de se
religar a Deus. Religião é algo ligado ao sentir, o que se busca na religião
transcende o intelecto.
O pensar é algo bom, intelectualizar nem sempre é bom, muita
coisa foi feita para sentir e não para se entender.
Quando encontrar Deus nas outras religiões e muito mais do que
isso, quando encontrá-lo nas pessoas com quem convive, independentemente de sua
crença, quando encontrá-lo dentro de você, então estará encontrando a Umbanda.
Texto de Alexandre Cumino
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