VOCÊ SABE A IMPORTÂNCIA DOS ANJOS DA GUARDA NA UMBANDA?



Mesmo que você já siga um caminho espiritual, já deve ter se deparado com esta dúvida, tão comum, mesmo aos estudantes e praticantes mais avançados. Não é, também, raro que pessoas vez por outra se questionem sobre estas diferenças entre tais entidades.

O mundo espiritual pode parecer complexo a alguns e muito simples a outros. Antes, porém, quero fazer um “parêntesis”, uma digressão para levantar um ponto que entendo ser crucial para se compreender tais entidades e suas funções. As religiões nada mais são do que “métodos” que o ser humano pode lançar mão para desenvolver-se, alcançar o mundo espiritual, compreendê-lo ou manter-se conectado a ele. Sendo assim, cada doutrina tem sua teologia própria, através da qual o buscador consegue tais objetivos em sua jornada de desenvolvimento aqui na Terra. As religiões nada mais são que facetas do grande prisma universal, através do qual acessamos a fonte da vida, o Divino ou Deus.

Infelizmente a história sobre anjos é curta. Os gregos, que eram amantes da precisão, os chamavam DAIMONES (gênio, anjo, ser sobrenatural). Os egípcios os explicaram amplamente e com detalhes, mas tudo foi perdido, queimado na época da ascensão do cristianismo primitivo do Ocidente. Hoje, o pouco que nos resta deriva dos estudos cabalísticos desenvolvidos pelos judeus, que foram os primeiros a acreditar nesta energia.

A palavra hebraica para anjo é Malakl, que significa “Mensageiro”. As primeiras descrições sobre anjos apareceram no Antigo Testamento. A menção mais antiga de um anjo aparece em Ur, cidade do Oriente Médio, há mais de 4.000 a.C.. Na arte cristã eles apareceram em 312 d.C., introduzidos pelo imperador romano Constantino, que sendo pagão, converteu-se ao cristianismo quando viu uma cruz no céu, antes de uma batalha importante. Em 325 d.C., no Concílio de Nicéia, a crença nos anjos foi considerada dogma da Igreja. Em 343 d.C. foi determinado que reverenciá-los era idolatria e que os anjos hebreus eram demoníacos. Em 787 d.C. no Sétimo Sínodo Ecumênico definiu-se dogma somente em relação aos arcanjos: Miguel, Uriel, Gabriel e Rafael.

São Thomás de Aquino foi um estudioso do assunto. Ele dizia que os anjos são seres cujos corpos e essências, são formados de um tecido da chamada luz astral. Eles se comunicam com os homens através da egrégora, podendo assim assumir formas físicas.

A auréola que circunda a cabeça dos anjos é de origem oriental. Nimbo (do latim nimbus), é o nome dado ao disco ou aura parcial que emana da cabeça das divindades. No Egito, a aura da cabeça foi atribuída ao deus solar Rá e mais tarde na Grécia ao deus Apolo. Na iconografia cristã, o nimbo ou diadema é um reflexo da glória celeste e sua origem ou lar, o céu. As asas e halos apareceram no século I. As asas representam a rapidez com que os anjos se locomovem.

No Novo Testamento, anjos apareceram nos momentos marcantes da vida de Jesus: nascimento, pregações, martírio e “ressurreição”. Depois da ascensão, Jesus foi colocado junto ao Anjo Metatron. Alguns estudos aceitam a possibilidade dos três Reis Magos serem Anjos materializados. Melchior (Rei da Luz), Baltazar (Rei do Ouro, guardião do tesouro, do incenso e da paz profunda) e Gaspar (o etíope, que entregou a mirra contra a corrupção).

A tradição católica dividiu os anjos em três grandes hierarquias, subdivididas cada uma em três companhias: Serafins, que personificam a caridade divina; Querubins, que refletem a sabedoria divina; Tronos, que proclamam a grandeza divina.

Trechos retirado do livro “Anjos Cabalísticos” de Mônica Buonfiglio.

Na Umbanda o Anjo da Guarda não é considerado um Guia ou Orixá, é um Espírito Celestial, iluminado, de essência pura e de energia poderosíssima. Pertence à dimensão celestial, dimensão esta de grande pureza e de grande atuação em todas as outras dimensões subsequentes. Portanto, a essência e a energia dos Anjos atingem a todos independente de religião, doutrina ou crença.

Quando falamos em “mestre, mentor, guia, anjo”, estamos utilizando uma nomenclatura que é específica de determinadas religiões, sendo que em algumas estes são compreendidos com outras denominações ou nem são acessados, por questões específicas relativas às formas de se ver a si mesmo, a espiritualidade e a vida. Formas estas que estão diretamente ligadas a graus de desenvolvimento espiritual, ou seja, em cada degrau de evolução que estamos, existe uma ou outra doutrina ou teologia que nos é mais coerente à nossa compreensão em tal momento.

Bem, os anjos de guarda nos protegem e acompanham a cada dia. E esse acompanhamento também está nas horas de trabalho (sessões). Sim, porque estamos numa corrente espiritual onde espíritos sem luz e perturbados, confusos, enfim vêm contra nós, os Orixás, Guias, Entidades nos protegem, mas a presença do anjo da guarda antes e depois da incorporação é por demais importante.

Um exemplo, normalmente quando uma pessoa sofre um trabalho de demanda, um trabalho contra o bem estar dela, a primeiro reflexo que se nota é o enfraquecimento de seu anjo da guarda, tornando-o distante e deixando a pessoa vulnerável.

É comum que os Guias/Entidades do terreiro, quando se vêem a frente de uma pessoa com demanda, venham a pedir um “fortalecimento para o anjo de guarda”, ou seja, um reforço para restaurar os laços entre você e seu anjo da guarda. Esse reforço consiste em trazer ele mais próximo de você, com mais força para te proteger contra os *ataques* da demanda.

Mas o que é um mentor espiritual? No livro "Missionários da Luz", Chico Xavier nos fala que o mentor espiritual não é um simples "aparelho", mas um espírito que através da renúncia a si mesmo, abnegação e humildade, escolhe: “calar para que outros falem; dar de si próprio para que outros recebam, ou seja, que opta por servir de ponte transmitindo conhecimento e auxiliando seu “pupilo” a desenvolver-se em um dado campo da vida.

O mentor, também confundido algumas vezes com o guia, não necessariamente auxilia médiuns em centros espíritas.

Todos nós temos um ou mais mentores que nos acompanham, por exemplo, profissionalmente. Trata-se de um espírito que alcançou um estágio pouco acima do nosso e, por isso, escolhe doar seu conhecimento a um espírito que pode ser auxiliado. Escolhe auxiliar-nos, como forma de evoluir espiritualmente em seu próprio desenvolvimento através deste trabalho que também é de caridade.


Os mestres são seres mais desenvolvidos que já alcançaram tal grau de elevação que já não precisam mais encarnarem. Eles permanecem em planos superiores ao nosso, mas ainda, possivelmente, acessíveis através de rituais ou práticas específicas como, por exemplo, a "canalização". Temos os mestres da Grande Fraternidade Branca: Mestre Jesus, Mãe Maria, Maytreia, El Morya, Mestre Gautama, Mestre Saint Germain e outros.

Guia espiritual ou espírito protetor é um irmão espiritual - um espírito que faz parte de nossa família espiritual – alguém que fez parte de nossa vida atual e já desencarnou, ou algum antepassado que não encarnou nesta geração, mas que guarda sentimentos astrais de carinho e afinidade com o nosso, e que nos acompanha a fim de nos proteger. Estão mais próximos de nós em momentos específicos de perigo, tristeza ou em momentos difíceis da partida, que ofereçam obstáculos pessoais complicados de ultrapassar. Dependendo de nossa sensibilidade, podemos senti-los através de sentimento de calor ao lado do rosto ou através de vozes ou visões em sonhos ou mesmo em estado semi-acordado.

Quanto aos Anjos, os mais conhecidos são os anjos da guarda, seres espirituais mais sutis, fazem parte da hierarquia divina e por isso nunca encarnaram nem encarnarão, apesar de poderem se manifestar em forma corpórea quando necessário.






SEU ANJO DA GUARDA TE CHAMA! 

Para os médiuns, os Anjos da Guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e Entidades, pois são eles que os protegem no momento da incorporação ou desincorporação. Momento esse que acontece em segundos de desacoplamento do corpo astral e que, por um mínimo descuido, podem sofrer um ataque do baixo astral com a entrada de seres inferiores na corrente mediúnica do médium.

Saiba que quando o Orixá/Entidade está incorporado no médium, o Anjo da Guarda fica ao lado, no entanto, no momento da desincorporação ou incorporação o Anjo da Guarda se aproxima mais ativamente ajudando a manter o equilíbrio do médium.

Vale salientar que a resistência no momento da desincorporação é altamente prejudicial para o próprio médium que, logicamente, perde essa proteção celestial.

Os Anjos de Guarda nos protegem e nos acompanham a cada dia, por isso é aconselhável manter sempre acesa uma vela branca ao lado de um copo d’água e em local alto para fazer nossas orações.

Quando o médium fica meio em transe após a incorporação, alguns dirigentes colocam a mão sobre o coração do médium e dizem: “- fulano seu anjo da guarda te chama!”

Esta era uma prática comum antigamente (não há como datar precisamente) de benzedeiras. Elas utilizavam esta frase como uma pequena oração para pessoas que não se achavam plenamente conscientes por vários motivos (mediunizadas, epilepsia, desmaio, etc.).

Tal prática talvez tenha sido trazido para a nossa amada Umbanda por alguma Preta Velha, já que é de pleno conhecimento nosso que muitas Delas foram exímias benzedeiras.

O Anjo da Guarda é visto como o Mentor de nossa razão, de nossa consciência; Desta forma este é um chamado ao restabelecimento da consciência com implicações magísticas.

Ao fazer referência ao nosso anjo da guarda, chamando-nos de volta ao domínio das faculdades no corpo físico após o transe mediúnico, ocorre uma espécie de invocação a nós mesmos.

Anjos são seres espirituais incorpóreos (Hb. 1:14). Não tem corpo físico, mas podem assumir forma corpórea (Gn. 18:19). (Sl. 104:4; Hb 1:7; Ef. 6:2; Mt. 8:16; 12:45; Lc. 7:21; Apc. 16:14). A palavra anjo quer dizer “mensageiro”. Eles guiam e guardam os crentes – (Sl. 91:11; Hb. 1:14).

Quando nascemos nos é designado um anjo da guarda para nos proteger. Apesar dele estar muito mais próximo a nós durante os primeiros 7 anos de vida, continuam acessíveis durante toda a nossa jornada terrena, bastando nos conectarmos com eles simplesmente pedindo sua ajuda, através da prece e outras práticas. Eles têm papel de proteção como o guia ou espírito protetor e tem também um papel amparador.

Contatar e manter-se conectado aos nossos amigos e irmãos espirituais é um processo simples, mas que exige esforço, trabalho, disciplina e mudanças de atitudes que refletem em nossa ida espiritual. A lei espiritual da afinidade e sintonia rege esse contato e acesso, que se obtém através do estudo de sua própria espiritualidade, de sua vida emocional, mental e espiritual.

O acesso a estes irmãos depende do grau de evolução e desenvolvimento pessoal no processo de autoconhecimento e da consolidação de atitudes morais através da refoma íntima. O buscador deve procurar conhecer-se profundamente, seus pensamentos e suas emoções, as motivações que muitas vezes estão subjacentes e inconscientes e que se refletem em crenças, atitudes repetitivas e situações difíceis que nos colocamos em certos momentos da vida, repetindo padrões de comportamento. Mas podemos estar conscientes desde já que nunca estamos sós.






Você sabia que o Arcanjo Miguel  é um dos patronos da Umbanda? 

Um dos primeiros e mais eminentes dos espíritos celestiais, considerado o Príncipe dos Anjos. Luta contra espíritos malignos e professa, acima de tudo, a doutrina de que só o bem e a caridade são a salvação. A Igreja o considera um ARCANJO por representar um “anjo principal”, é comemorado pela Igreja Católica em 29 de setembro.

Seu nome significa: “Quem é como Deus?”  É o chefe dos anjos rebeldes, luta em defesa de Deus. É um espírito guerreiro, arauto de Deus, Príncipe e Chefe dos exércitos celestiais. É o patrono da Igreja Católica e dos agonizantes, “o guia das almas dos defuntos para o céu”.

Um anjo da guarda é designado para cada pessoa sobre a Terra. Cada ser humano, independentemente de crença, condição, forma ou tamanho, tem o privilégio de um anjo da guarda.

Seu anjo da guarda, está com você o tempo todo, vá você onde for e faça o que quiser. Já foi dito que, quando olha pra alguém, Deus vê dois - a pessoa e seu anjo da guarda.

Basicamente, os anjos da guarda são conhecidos por proteger-nos e guardar-nos em todas nossas atividades na Terra.

Por que não explorar os modos de conhecer seu anjo da guarda pessoal? Desenvolva um relacionamento íntimo com seu anjo da guarda. Você pode lhe pedir conhecimento e percepção a respeito de situações confusas da sua vida. Pode também pedir a ele ou a ela para conversar com os anjos guardiões de quaisquer pessoas de sua vida a respeito dos envolvimentos que você tem com elas.

Preste atenção à sua intuição, ela irá tornar-se mais brilhante quando você estiver em harmonia com seu anjo, pois é pelo conhecimento interior da intuição que você receberá mensagens de seu anjo guardião para preveni-lo e guiá-lo.

Seja criativo com seu anjo. Em particular, seja como uma criança que tem um amigo e confidente invisível - os anjos da guarda gostam disso. É comum as crianças verem e falarem com seus anjos da guarda.

Muitos seres humanos sofrem através da vida e podem regredir em sua evolução porque são profundamente infelizes em relação a alguma coisa. Inconscientemente, parecem estar tentando matar-se com as escolhas que fazem e o modo como reagem à vida. Humanos infelizes são frustrantes para os anjos guardiões, que velam por eles. Os anjos certamente não vão participar da infelicidade, de modo que nada há para fazerem, exceto esperar por aquele instante em que a pessoa se decide a parar de sofrer e uma transformação pode ocorrer. Temos o livre arbítrio, de modo que, se desejamos sofrer, ou se pensamos que é isso que se espera que façamos, a escolha é nossa.

Às vezes, parece que nossos anjos tiraram férias. Acontece alguma coisa horrível, que não podemos crer que Deus ou nosso anjo iria permitir. Um dos grandes mistérios da vida é saber porque coisas ruins acontecem a pessoas boas e porque coisas boas acontecem com pessoas ruins. Podemos especular e sair-nos com explicações tais como: carma, lições que precisamos aprender e, assim por diante, mas parte da injustiça que acontece nesta Terra, jamais pode ser explicada satisfatoriamente.

Nossos anjos nunca saem realmente de férias, mas quanto mais positivos e otimistas nos mostramos, mais fáceis somos de proteger e cuidar. Portanto, preencha o momento com a confiança, esperança e fé em que seu anjo irá sempre cuidar de você. Não se preocupe com o amanhã ou com a infelicidade dos outros. Seja agradecido por ser quem é exatamente agora e agradeça ao seu anjo da guarda.

Tenha sempre em mente que você tem um anjo guardião, que é o mesmo hoje, ontem e amanhã. Seu anjo guardião deseja lembrar-lhe que neste exato momento você está vivo e que, esteja ou não feliz a respeito desse fato, ele é verdadeiro. Sua "máquina" biológica e mental está funcionando em algum nível de eficiência e seu anjo guardião quer evitar que você se sinta como uma vítima. Seu anjo está olhando por você, esperando pelo seu próximo passo; seja da miséria para a normalidade, da normalidade a sentir-se bem ou de sentir-se bem à felicidade e delícia totais, seu anjo da guarda deseja guiá-lo rumo a um passo seguinte mais elevado.

Seu anjo está sempre ao seu lado para lembrar-lhe do papel importante e especial que você desempenha neste planeta apinhado de gente.

Realizar com fé a Oração do Anjo da Guarda, da tradição católica, pode ajudá-lo a focalizar-se na presença do seu anjo guardião.


"Santo Anjo do Senhor
meu zeloso guardador
se a ti me confiou a piedade divina
sempre me rege
me guarde
me governe
me ilumine,
Amém".
 

Não ouvimos tanto atualmente sobre anjos aparecendo, mas eles ainda estão transmitindo mensagens para nós. Como nem sempre os vemos e ouvimos fisicamente, temos de ser especialmente criativos e perceptivos para receber nossas mensagens. Os anjos têm modos inesperados de transmitir mensagens. Preste atenção às sutilizas da vida. Os anjos têm muitas maneiras de alcançá-los, mas, frequentemente, você deixa que estas lhe escapem.


GUIA ESPIRITUAL 

Os guias espirituais são trabalhadores dos Sagrados Orixás, não importa a sua antiga nacionalidade ou sua antiga religião, pois quando se consagram como “guias” abrem mão até do seu nome para assumir o nome da falange que irão trabalhar. O que importa é que trabalham para a Lei Maior e a Justiça Divina, dedicando todo seu amor e sua simplicidade em prol da caridade.Empenham-se em sua missão. Não têm preguiça, soberbia, vaidade, falsidade e etc.

Os guias, como nós chamamos são pais e mães orientadores para o nosso crescimento “moral” e “espiritual”, dedicados e com muita paciência.



AS DIVINDADES ESPIRITUAIS 

A palavra divindade significa algo divino e é aplicada aos seres que são em si mistérios de Deus. Logo uma divindade é um ser divino e um mistério de Deus. Uma divindade é em si mesma uma manifestação de Deus através de uma de suas qualidades divinas.

As divindades todas elas são unigênita, ou seja, é aquela divindade que está associada a Deus justamente porque é parte Dele, e é em si mesma a manifestadora de um de Seus aspectos.

Os Tronos são classe de divindades que estão mais próximas de nós porque são responsáveis pela vida e evolução dos seres.

A qualidade das divindades são FÉ, RELIGIOSIDADE, CONCEPÇÃO, RENOVAÇÃO, JUSTIÇA, RAZÃO, LEI, ORDEM, EQUILÍBRIO, DIRECIONAMENTO, EVOLUÇÃO E GERAÇÃO.

O fato é que nas sete linhas de forças projetadas pelo Setenário sagrado existem aos níveis positivos e negativos, que são regidos por divindades (Tronos) assentados em seus degraus. De tempos em tempos, uma divindade é deslocada de seu assento (Trono) e é conduzida a uma dimensão, onde irá acelerar ou sustentar os seres que nela estagiam e evoluem continuamente. Podemos comentá-las assim:



DIVINDADES CELESTIAIS 

São as que atuam nas faixas (níveis) positivos, quanto nas negativas e nas neutras. Elas são tripolares e tanto nos guiam na “Luz” quanto na “escuridão”, pois têm nos seus níveis positivos Tronos positivos assentados, e nos níveis negativos também os têm.

As divindades celestiais têm como atribuição recolher em suas hierarquias, espíritos que estão aptos a servir a humanidade, tanto em seus níveis positivos (luz), quanto em seus níveis negativos (trevas).

Estas divindades são regentes de linhas de forças mistas ou de dupla polaridade e, por serem regentes tanto no alto, quanto no embaixo, vão agrupando os espíritos afins em seus pólos magnéticos, onde serão estimulados a optarem pela evolução positiva ou pela negativa, mas sempre por processos naturais, pois quem aprecia a Lei, tanto pode auxiliar aplicando-a seguindo os princípios cósmicos (ditames da luz ou das trevas).
 



DIVINDADES CÓSMICAS 

São as que atuam só nas faixas (níveis) negativas. São portadoras de uma natureza muito ativa; são intolerantes para com nossos “erros, falhas e pecados”, e só nos vêem a partir de nossas deficiências consciênciais, emocionais, racionais, mentais ou de nossos desvirtuamentos ou vícios. São sóbrias, concentradoras, monocromáticas, ativas, implacáveis, rigorosas, parcialistas, intolerantes, etc. As divindades cósmicas têm como atribuições atrair magneticamente os espíritos negativos, recolhê-los em seus domínios e retê-los, até que esgotem seus negativismo, para só então devolvê-los as faixas neutras, donde serão redirecionados para a luz ou para a reencarnação. Estas divindades são regentes de pólos energo-magnéticos negativos, ativos, esgotadores de acúmulos de energias viciadas formados a partir da vivenciação de sentimentos negativos. 



DIVINDADES UNIVERSAIS 

São as que atuam nas faixas (níveis) positivas. São portadoras de uma natureza passiva; são tolerantes conosco e nos vêem a partir de nossa capacidade de alterarmos nossas condutas negativas e reassumirmos nossa evolução virtuosa. Sai irradiantes, multicoloridas, passivas, tolerantes, amantíssimas, generosas, bondosas, compreensivas, etc. As divindades universais têm como atribuições atrair magneticamente os espíritos positivos, recolhê-los com seus afins consciências, franquear-lhes meios de rapidamente evoluírem e facultar-lhes recursos para que possam amparar seus afins ainda atrasados em suas evoluções. Estas divindades são regentes de pólos energo-magnéticos positivos, passivos e estimuladores do virtuosismo dos espíritos que vivenciam sentimentos positivos. 



DIVINDADES ABSTRATAS

São concepções humanas, o que chamamos de deuses do amor, da justiça, da medicina, do conhecimento. São concepções humanas de como Deus nos apresenta. Todos nós, hoje espíritos humanos, já estagiamos em outras dimensões da vida, que são regidas diretamente pelos senhores das linhas de forças sustentadoras de “todas” as evoluções. O local de nascimento, a religião que está sendo vivenciada, a raça a que pertence na presente encarnação, etc, não alteram em nada a natureza intima dos seres. E lá, bem no íntimo dele (seu “Ori”), está o Orixá ancestral a regê-lo e a alimentá-lo com sua essência natural, e a guiá-lo inconscientemente no seu estágio humano da evolução. Quando o ser encerrar todo o seu ciclo reencarnacionista, lá estará seu Orixá ancestral para recolhê-lo, já purificado e com a consciência aperfeiçoada, para conduzí-lo a um estágio superior onde vivenciará novos conceitos sobre o Divino Criador. Suas criaturas e Suas divinas criações.

Por isso é que as “divindades naturais”, que foram humanizadas assumiram características afins com o estágio evolutivo daqueles que por elas foram (e são) amparados. Para cultuar uma Divindade natural, basta ir a um ponto de força, oferendá-la, cultuá-la, fazer preces, cantos e realizar seus pedidos.



OUTRAS CLASSES DE DIVINDADES

SERAFINS: São classe de divindades que cuidam da criação divina como um todo;

QUERUBIN: São classe de divindades que cuidam dos seres da natureza e lidam com as suas energias vitais;

TRONOS: São classe de divindades fatoriais, responsáveis pela evolução dos seres, das criaturas e das espécies;

DOMINAÇÕES: São classe de divindades que cuidam dos domínios de Deus, mas a nível localizado, já que a criação divina é infinita;

POTÊNCIAS: São classe de divindades que vigiam as correntes eletro-magnéticas divinas, pelas quais fluem as energias vivas geradas por Deus;

VIRTUDES: São classe de divindades que velam os princípios divinos;

PRINCIPADOS: São classe de divindades responsáveis pelos sistemas mecânicos celestes;

ARCANJOS: São classe de divindades responsáveis pela manutenção do equilíbrio na criação divina;

ANJOS: Classe de divindades responsáveis pela vigilância, em todos os aspectos da criação divina;

GÊNIOS: Classe de divindades responsáveis pelas fontes de energias vivas geradas por Deus;


ANJO DA GUARDA, (ESPÍRITO PROTETOR)

Sua Missão é a de pai para com os filhos, conduzindo o seu protegido pelo bom caminho, ajudando-o com os seus conselhos, consolando-o nas suas aflições e sustentando-o em sua coragem nas provas da vida. O Anjo da Guarda nunca abandona o protegido quando este se mostra rebelde às suas advertências. 

Ele apenas afasta-se quando vê que seus conselhos são inúteis e que é mais forte a vontade do protegido em submeter-se à influência dos Espíritos inferiores, mas não o abandona completamente e sempre que se faz ouvir, ele volta.

Ele volta, logo que é chamado. Esses seres ali estão por ordem de Deus, que os colocou ao vosso lado; ali estão por seu amor, e cumprem junto a vós todos uma bela, mas penosa missão. Sim, onde quer que estiveres, vosso Anjo estará convosco, seja nos cárceres, nos hospitais, nos antros do vicio, na solidão, nada vos separará desse amigo que não podeis ver, mas do qual vossa alma recebe os mais sábios conselhos. 

Interpelai vosso Anjo da Guarda, estabeleça entre você e ele essa eterna intimidade que reina entre os melhores amigos. Não pense em lhes ocultar nada, pois eles são os olhos de Deus e não os podeis enganar. Cada Anjo da Guarda tem o seu protegido e vela por ele como um pai vela pelo filho. Sente-se feliz quando o vê no bom caminho; chora quando os seus conselhos são desprezados.

FAÇA O SEU PEDIDO AO “ANJO DA GUARDA






“ORIXÁ” – UM ESPÍRITO NUM GRAU DE EVOLUÇÃO ESPIRITUAL 

Um Orixá é um espírito que se encontra num grau de elevação espiritual equivalente aos tronos dos santos e Anjos. É aquele que trabalha liderando as falanges espirituais e incentivando a todos os trabalhadores a galgarem os degraus da luz.

Ligados aos Orixás estão milhões de espíritos intermediários galgando os degraus que leva ao trono dos Orixás.

O Orixá é aquele espírito experiente, onde a Luz e a sabedoria fazem dele um instrumento de paz e de caridade, adotando todos os envolvidos em suas legiões como seus filhos.

Os Orixás comandam os trabalhos de outros milhões de espíritos trabalhadores.

Um Orixá numa legião é como se fosse o presidente ou o rei de um pais. Eles são autoridades máximas, eles não trabalham isolados.

As legiões são divididas em falanges, cada falange é comandada por outro chefe que na Terra equivaleria ao governador de um estado. São milhões de espíritos que se unem em varias falanges, que tem os seus chefes.

Um Orixá chefe de legião tem milhões de colaboradores (seus ministros) os chefes de linha têm seus milhões de colaboradores e os chefes de falanges possuem também seus milhões de colaboradores, todos prestam contas ao Guia Chefe (Orixá), neste mundo de Luz não existe corrupção. Existe uma hierarquia onde todos aceitam e respeitam a posição de cada um.


Tenha uma ótima semana, com muita paz, saúde e serenidade!


FONTES:

"Anjos mensageiros da luz" de Terry Lynn Taylor 







A PODEROSA LEI DE PEMBA


A pemba, de origem africana, é um instrumento ritualístico de alto significado. É normalmente utilizada para riscar pontos pelas entidades e pelo médium, visando estabelecer contatos vibratórios com as esferas espirituais. Se for aplicado de forma incorreta, poderá produzir resultados diferentes daqueles esperados.

Grafia Sagrada dos Orixás, é muito ampla e apresenta a necessidade de exposição pessoal e, por sua vez, poderia ser até desastroso pessoas sem "Ordens e Direitos" manipulá-la. A pemba praticamente é usada em quase todos os rituais de umbanda. Por carregar o axé, a pemba é saudada como um divino instrumento, dedicando-se até pontos cantados e reverências específicas.

Na Umbanda, em seus diversos momentos de entendimentos, encontramos várias formas de apresentação desses Yantras, sendo os mais comuns, os de cunho exotérico (externo/aberto), aqueles onde são utilizados estrelas, ondas, flechas, cruzes, luas, etc, que têm os seus resultados em suas aplicações; e, encontramos, também, os de cunho esotérico (interno/fechado) onde são utilizados : direcionamentos, Raízes e chaves, através da grafia Adâmica e afins (leia o Arqueômetro de Saint Yves - Edições em português, espanhol e francês). Apenas para sua referência, esta grafia são clichês (Yantras), os quais são utilizados pelas entidades e Médiuns Magistas (com a presença ou não de espíritos) para acionarem/projetarem no Plano Astral a movimentação de forças sutis com um determinado fim.
 
A pemba, através do seu elemento ígneo, fogo, manipula as energias psíquicas do ser humano; pela água lava, limpando o espiritual da áurea; pelo ar transporta para o campo de origem; pela terra, através de seus filtros, retorna suas funções equilibrantes.

Seu uso estabelece relação entre o universo da forma e o espiritual ou etérico. A pedra encerra os quatro elementos naturais e suas manifestações. Assume aspecto neutro e, devido a isso, significa Lei e Justiça. Imutável mediante a terra e o ar, a pedra é sensível à água, mudando de tom quando está molhada, deixando ser levada pela correnteza dos rios.

Pela pureza, a pemba é um dos poucos elementos que pode tocar a cabeça do médium, sendo utilizada para lavagens de cabeça, banhos de descarrego, etc. Confecciona-se a pemba com uma substância chamada "caulim" (argilapura de cor branca), importado da África. Com o tempo, o "caulim" foi substituído pela dificuldade de importação, pelo "calcário" e a "tabatinga".

É misturado ao caulim, pós resultante da torra e trituração de algumas sementes como o Alibê, a Nóz-moscada, Dandá da Costa, Ataré, Aridan, Obi e Orogbô. Existem pembas de varias cores (adição de corante) mas a branca é a mais utilizada. É suma importância o cuidado em escolher e em como usar a pemba! Não é apenas um giz!

Porém há "traços" que indicam a desarmonia do médium, em geral são "riscos" desarmônicos e sem sentidos. O nosso coração e a aproximação de uma entidade de fato poderá trazer e decifrar o seu significado. Alguns destes traços são parecidos com o do alfabeto adâmico, sânscrito ou de vanagário.

Em relação aos ditos "traços" realizados pelas entidades ou médiuns de fato, há além de um grande significado uma abertura "atemporal" para a emanação de energia. A Pemba é sagrada, serve também pra descarregos do corpo e do terreiro, pra cruzar os quatro cantos, etc... A pemba e importantissima sim, mas muitos encaram apenas como um "giz" esquecendo todo o ero que envolve este objeto ritualistico.

Como na umbanda não e permitida a pratica das curas, com navalhas ou bisturis, a pemba faz a cruxa dos chacras, simbolizando o corte de abertura dos mesmos para receber o amassi. A pemba tem várias finalidades e formas ou modelos para serem confeccionadas. No culto de nação da derivante KETO é utilizada também com a mesma finalidades dos umbandistas.

A sua confecção trata-se de um processo muito difícil. Faz-se necessário uma espécie de retiro para a concentração e equilíbrio do material preparado. Nos dias atuais ela é similar ao GIZ , o mesmo utilizado em lousas nas escolas.


Como era fabricada a PEMBA na antiguidade? 

Era privilegio do SACERDOTE MAIS VELHO DA TRIBO a direção dos trabalhos da fabricação da PEMBA. Esta era feita por moças virgens em completo jejum presididas pelo SACERDOTE, que durante a fabricação não podia tomar alimento de espécie alguma nem beber agua, apenas fumando o seu cachimbo, que era considerado sagrado. 

Durante três dias e três noites e às vezes mais, a PEMBA era trabalhada, acompanhada por música de CONGO, as virgens cantavam sem cessar preces à VIRGEM PEMBA para que esta transmita todas as suas virtudes a que estão fabricando. 

A PEMBA É OBJETO DE GRANDE COMERCIO ENTRE OS AFRICANOS

Pode-se afirmar que a Pemba é um instrumento Sagrado da Umbanda, Pois nada se pode fazer com segurança sem os Pontos Riscados por ela. A Pemba é confeccionada em Calcário e modelada em formato ovóide alongado e serve para ao riscar um ponto, estabelecer Ritualisticamente o Contato Vibratório com as Energias Astrais. A Pemba serve também a outras determinações ordenadas pelos Guias, muito utilizada na mistura com outros elementos a fim de promover limpeza áurica no ambiente e nos médiuns durante a abertura dos trabalhos mediúnicos. A Pemba pode ser encontrada nas mais variadas cores, as quais são utilizadas pelas entidades ou pelo sacerdote de acordo com o que se deseja obter. Na antiguidade, os velhos magos, experimentados e tarimbados na magia etéreo-física, preparavam a pemba, numa mistura homogênea de certos elementos minerais e vegetais da Natureza, que depois eram imantadas e consagradas, tornando-se poderosos instrumentos na magia. Hoje, raros são aqueles que conhecem a verdadeira confecção de uma verdadeira Pemba. As que se encontram a venda nas casas do ramo são somente feitas de calcáreo, desprovidas de todos os materiais necessários à sua efetivação magística. Quando um Guia Espiritual, verdadeiramente incorporado pega uma Pemba na mão, esta, imediatamente torna-se imantada e pronta para o uso Magístico; quando acaba de utilizá-la, volta a ser simplesmente um Pemba comum.
Conceitos de Pontos Riscados Para o Umbandista, o ponto riscado é um instrumento precioso para os trabalhos magísticos efetuados pelas entidades espirituais; afinal de contas ele possui um grande significado e valor magístico. Muitos pontos riscados pelas entidades espirituais, são selos, o cartão de visitas, a identificação, o brasão e a bandeira da entidade. É uma espécie de campo de forças onde o instrumento utilizado pelas entidades em seu efetivo campo de trabalho é a Pemba. E esta maneja as forças de sorte a lhe conferir afinidade com a entidade, identificando a quem ela se subordina, bem como os seus domínios ao ser usado para riscar o ponto. Muitos pontos riscados são ordens efetuadas aos elementais da Natureza, bem como às forças cósmicas, formando todo um plano de ação e reação.

Os pontos riscados são verdadeiros códigos registrados e sediados no mundo espiritual. Eles identificam poderes, tipos de atividades e os vínculos iniciáticos das falanges. Quando são traçados sem conhecimento de causa, não projetam sua grafia luminosa e não passam de rabiscos inócuos. Como podemos ver, os pontos riscados são magias, portanto para se utilizar deles é necessário ter os devidos conhecimentos. Riscar um ponto de trás para frente é inverter ou perverter a força da magia. Portanto não basta ver um ponto num livro ou numa apostila para riscá- lo sem o devido conhecimento. O mau uso do ponto riscado pode levar a conseqüências imprevisíveis, comparáveis as de um leigo em assuntos de eletricidade, entrando numa casa de força e pondo-se a manejar as chaves ou embaralhar os fios, com o que acabará por provocar curtos circuitos, incêndios e eletrocussões em si e nos outros. O ponto riscado pode ser usado, dependendo do trabalho ou cerimônia a ser realizada, utilizando Pemba, Fundanga (pólvora), Ervas, Pedras e outros elementos naturais, com o ponteiro na areia, e até mesmo mentalmente, o que requer muita prática. Mas lembre-se: só se utiliza pólvora e Bebida alcoólica aliada a pontos riscados, com autorização superior.

Quanto ao uso da Pemba, estude o sentido e o valor das cores. Na Umbanda o mais usual é o trabalho com Pemba Branca, Azul, Verde, Rosa, Laranja, Roxa, Lilás, Amarela, Vermelha, etc. Lembrem mais uma vez, que todo ponto riscado é magia, com toda simbologia de sua grafia e ondas vibratórias. Por exemplo, a suástica como símbolo sagrado, cuja utilização data de tempos imemoriais, símbolo este utilizado até mesmo pelos Papas da religião Católica, teve suas ondas invertidas pelos pseudo-arianos e como símbolo, acobertou e direcionou a Segunda Guerra Mundial. É interessante também observar que, quando um filho de Umbanda se apresenta perturbado dentro de um templo, muitas vezes notamos um Guia Espiritual (ou mesmo um sacerdote gabaritado) cruzar seu corpo com Pemba. Isso representa a Escrita Divina, através da magia para chamar à razão a entidade obsessora, afim de que ela possa conhecer por meio deste traçado cabalístico, o seu erro e abandonar esse filho que até então obsedava, como também riscar um ponto de proteção ao filho. Assim pode-se afirmar sem sombra de dúvidas que sem os pontos riscados nada se poderia fazer com segurança na Umbanda. O que devemos ter cuidado é quando achamos que somente basta riscar setas, ondas, sol, lua, círculos, quadrados, espirais, estrelas (de todas as pontas), raios, etc, que estaremos riscando a Lei de Pemba em sua totalidade.

Ledo engano. Ali esta impresso um grafia geométrica sagrada, funcional para certos aspectos, mas somente uma grafia geométrica (tão bem explanada pela radiônica e pela Cabala Hebraica), mas nunca a Lei de Pemba em sua amplitude. Não basta olharmos um ponto riscado e simplesmente dizermos: Esse Ponto é da vibração de Yansã, Ogum e tem Yemanjá também. Ou mesmo dizer: O Caboclo que riscou o ponto é de Oxossi; tem Xangô e Omulú. Pergunto: Pra que? Por que? O que quer dizer? Que ordem esta emanando? Que forças estão sendo ordenadas e comandadas? Complicado né.
Portanto, não é seguro riscar Pemba a torto e a direito, achando estar investido de forças celestes, para realizar atos magísticos que você mesmo não é conhecedor.

Ao comprar uma Pemba nova, em qualquer loja de Umbanda deste país, certamente você irá encontrar um folheto dentro da embalagem, com as seguintes informações:

"Pemba Legítima Africana" - Recuse imitações!


A PEMBA é objeto permanente aos ritos Africanos, mais antigos que se conhecem, fabricada com o pó extraído dos MONTES BRANCOS KABANDA, é empregada em todos os RITOS E CERIMÔNIAS, festas, reuniões ou solenidades africanas e umbandistas. 

Nas tribos de UMBANDA, BACONGO E CONGOS, é usada a PEMBA sob todos os pretextos. Quando é declarada a guerra, os chefes esfregam o corpo todo com a PEMBA para vencer os inimigos; por ocasião dos casamentos, os noivos são pelos padrinhos esfregados com a PEMBA para que sejam felizes; o negociante que quer conseguir um bom negocio esfrega um pouco de PEMBA nas mãos; em questões de amor então, bem grande é a influencia da PEMBA, usando-a as jovens como se fosse o pó de arroz porque dizem, traz felicidade no amor e atrai aquele a quem deseja.





LENDA DA PEMBA 

"Contam as lendas das tribos Africanas o seguinte sobre a PEMBA: 

M. PEMBA era o nome de uma gentil filha do SOBA LI-U-THAB, SOBA poderoso dono de grande região e exercendo a sua autoridade sobre um grande numero de TRIBOS. 

M. PEMBA estava destinada a ser conservada para ser virgem para ser ofertada as divindades da TRIBO, acontece porem que um jovem estrangeiro audaz, conseguiu penetrar nos sertões da ÁFRICA, e se enamorou perdidamente de M. PEMBA. 

M. PEMBA por sua vez correspondeu fervorosamente a este amor e durante algum tempo gozaram as delicias que estão reservadas aos que se amam. 

Porem não há bem que sempre dure, o SOBA poderoso foi sabedor destes amores e uma noite de luar mandou degolar o jovem estrangeiro e jogar o seu corpo no RIO SAGRADO U-SIL para que os crocodilos o devorassem. 

Não se pode descrever o desespero de M. PEMBA e para prova de sua dor esfregava todas as manhas o seu lindo corpo e rosto com o pó extraído nos MONTES BRANCOS KABANDA e a noite para que seu pai não soubesse dessa sua demonstração de prazer pela morte e seu amante, lavava-se nas margens do RIO DIVINO U-SUL. 

Assim fez durante algum tempo, porem, um dia pessoas de sua tribo que sabiam dessa paixão de M. PEMBA,e que assistiam a seu banho viram com assombro que M. PEMBA elevava-se no espaço ficando em seu lugar uma grande quantidade de massa branca lembrando um tubo. 

Apavoradas correram contar ao SOBA o que viram, este desesperado quis mandar degolar a todos, porem como eles haviam passado nas mãos e corpos o pó deixado por M.PEMBA notaram que a cólera do SOBA se esvaia, e que ele tinha se tornando bom não castigando os seus servos. 

Começou a correr a fama das qualidades milagrosas da massa deixada por M. PEMBA atravessou esta e muitas gerações chegando até nossos dias prestando benefícios àqueles que dela se tem utilizado."


Trata-se de um dos elementos indispensáveis dentro da liturgia Umbandista. É um elemento sagrado que, quando imantado, cruzado, pela entidade, torna-se uma ferramenta poderosa. É por meio dela que o guia espiritual irá fazer seu ponto riscado.

O Ponto riscado é a identidade do guia. É através do ponto que ele será identificado e confirmado. Cada risco feito na tábua de ponto tem o seu por quê. Tais símbolos informam qual é a entidade, de onde ela vem, atua na força de quem, entre outras coisas. Também, os símbolos riscados podem invocar a defesa contra os ataques inferiores, ou também o ataque contra os mesmos.

Esses símbolos são trazidos pela própria entidade. Não é o médium que cria tais pontos. Muito menos copia de alguns dos livros infelizes que existem por aí. Se o médium está realmente incorporado, a entidade irá riscar seu ponto com muita segurança e irá explicar exatamente o que ele representa. 

"O ponto quando riscado  cria um elo com o plano espiritual que emana energias, fluídos e vibrações diretamente no ponto. Na maioria dos casos quando é riscado um ponto a entidade põe alguém necessitado dentro dele, é quando a pessoa, às vezes, sente sente as vibrações, dependendo de sua sensibilidade. É possível também um médium vidente ver os pontos riscados brilharem e emanarem luzes diversas." 

A Pemba também pode ser usada para riscar objetos, portas, janelas, no objetivo de cruzar o ambiente, evitando a entrada de maus espíritos e de energias negativas. Além disso, a Pemba auxilia na entrada das boas energias e na abertura de caminhos.


Também, utiliza-se a Pemba para riscar as mãos, os pés e a cabeça dos médiuns. E assim é feito, geralmente, para dar a eles proteção. Também é utilizada antes da realização do amaci. A Pemba, juntamente com as águas puras e ervas sagradas fortalecem a coroa do médium, trazendo maior sintonia entre ele (o médium) e suas entidades espirituais.

Em alguns casos específicos a Pemba pode ser raspada, obtendo-se um pó, que é utilizado para determinados trabalhos e até mesmo, colocado dentro do próprio amaci. Todavia, não existe na Umbanda qualquer ritual de "sopro de pó de pemba", como existe no Candomblé.

As cores das Pembas representam à linha de qual entidade está utilizando ou a linha que se está invocando. Assim, por exemplo, um Caboclo de Ogum certamente irá riscar seu ponto de vermelho, o de Oxossi de verde, o de Xangô de marrom e assim por diante.


É bom lembrar que a Pemba não é sagrada por si mesma. Uma Pemba comprada em uma loja qualquer, se não for cruzada pelo guia da casa, não terá serventia nenhuma. Será apenas um giz como outro qualquer, sem nenhuma utilidade espiritual.


Todavia, a Pemba que é cruzada e abençoada pelo guia, torna-se uma verdadeira arma para aqueles que sabem manipulá-la. É um instrumento de luz usado pelo guia, essencial em qualquer trabalho de Umbanda.  

Também é comum se falar em "Lei da Pemba" para referir-se à Umbanda. A expressão "Filhos de Pemba" é utilizada para identificar os filhos de Umbanda, aqueles que estão cumprindo as diretrizes de Aruanda.
 




Veja agora um Trecho no Jornal de Umbanda Sagrada, escrito por Rubens Saraceni. Segue:

1 - Os pontos riscados pelos guias espirituais são espaços mágicos cujas funções lhes são dadas por eles ( tipo de campo de força).

2- Os pontos riscados se servem da escrita mágica sagrada simbólica.

3- Dentro desta escrita mágica sagrada, os guias servem-se de signos, símbolos e ondas vibratórias que são realizadoras e, assim que são riscados, são ativados e começam a trabalhar.

4 – Existem milhares de ondas vibratórias que formam telas infinitas e das quais são retirados modelos de símbolos e signos mágicos, os quais assim que são riscados e ativados aqui no plano material, religam-se a elas que lhes darão sustentação nos trabalhos que serão realizados.

5 – Destas telas vibratórias são retirados símbolos e signos, sendo alguns bastante conhecidos e de fácil identificação e interpretação, enquanto a maioria nos são desconhecidos e praticamente impossível de serem identificados e classificados.

6- Os guias espirituais preferem trabalhar com espaços mágicos fechados ou circulares porque assim, suas irradiações ficam contidas dentro do círculo e não interferem com outros espaços mágicos riscados por outros guias dentro do mesmo espaço físico coletivo.

7- A escrita mágica simbólica é tão antiga quanto a humanidade e, tem sido encontrados signos e símbolos em construções antiqüíssimas dentro de túmulos e urnas funerárias com milhares de anos de idade, portanto, esta escrita mágica simbólica, usada pelos guias espirituais, não é propriedade da Umbanda e sim, é um bem colocado a disposição da humanidade pelos seres espirituais superiores e que dela, muitos tem se servido no decorrer dos séculos.

8 – Algumas ordens antiqüíssimas criaram, a partir de signos e símbolos, suas escritas mágicas sagradas e cada uma delas serviu-se ou ainda se serve da sua simbologia, que se não é exclusiva, no entanto, tem significado especial e interpretação própria para cada grupo de usuários deste bem coletivo, colocado a nossa disposição por Deus.

9 – Os guias espirituais de Umbanda serve-se de certa quantidade de símbolos e signos mágicos que aparentemente é limitada a algumas centenas apenas, pois pode-se encontrar pontos riscados de diferentes entidades, a reprodução de símbolos e signos idênticos.

10 – Na Umbanda, manifestam-se através de nomes simbólicos muitos poderes divinos que são em si, mistérios cujas atuações estão voltadas para o crescimento religioso dos seres e dos símbolos riscados pelos guias, nos seus pontos, estão indicando mistérios firmados e ativados por eles.

11 – Até recentemente, todo o mistério da escrita mágica sagrada usada pelos guias espirituais era assunto fechado dentro da Umbanda e o que tínhamos à nossa disposição eram coletâneas de pontos riscados pelos guias, mas que não nos esclarecia muito porque, apesar de sabermos que eram poderosos e capazes de realizar trabalhos, tudo era muito vago e ficavam sempre pairando dúvidas sobre quando utilizá-los, uma vez que eram de uso exclusivo dos guias espirituais e, só raramente, eles autorizavam seus médiuns a riscá-los para que, sem incorporarem, pudessem ajudá-los nas suas necessidades ou dificuldades.

12 - Faltavam-nos muitas informações que pudessem permitir um aprofundamento neste mistério e nos faltava mais informações, que aí sim, o tornaria compreensível por todos.

13 – O que andou escrevendo sobre os pontos riscados pelos guias, incutia receio e medo nas pessoas, principalmente quanto aos pontos riscados das linhas da esquerda, e isso não ajudou em nada o desenvolvimento desta ciência espiritual dentro da Umbanda.

14 – Pelo contrário, alguns autores umbandistas, tal como Emanuel Zespo, chegaram a escrever que só os profundos conhecedores e iniciados na famosíssima, mas desconhecida LEI DE PEMBA é que poderiam riscar pontos e trabalhar com eles. Outros como W. W. da Matta e Silva chegaram ao absurdo de coletar uma ou duas dezenas de signos e dizer que eles sim, eram a genuína LEI DE PEMBA (sa­be-se lá o que isso quer dizer) eram o ponto de raiz, e a partir daí, auto nomearam-se profundos conhecedores da desconhecida, mas muito famosa Lei de Pemba, e começaram a desclassificar os pontos riscados usados pelos guias espirituais desde as primeiras manifestações deles na Umbanda, e que vinham ajudando a dar sustentação aos trabalhos realizados dentro dos centros assim como davam proteção aos seus médiuns.

15 – Graças a estes, a magia do ponto riscado não desapareceu por completo dos centros de Umbanda, fato este que privaria a religião desteimportantíssimo instrumento de trabalho.

16 – Quanto aos supostos e pseudo iniciados e auto nomeados “MÂO DE PEMBA” por desconhecerem os verdadeiros fundamentos existentes por trás dos pontos riscados, seus escritos empacaram e não levaram a lugar algum, e muito menos à compreensão e ao desenvolvimento desta ciência divina. Na verdade, eles atrasaram em 50 anos a abertura deste mistério dentro da Umbanda, quase o levando ao esquecimento.

17 – Leiam e releiam estes escritos destes pseudos “mãos de pemba” e verão que eles criaram uma ilusão que não tem fundamento e por 50 anos, ficaram repetindo e afirmando a mesma coisa: “A Lei de Pemba existe mas não pode ser revelada aos não “iniciados”. 
Este texto foi escrito para o Jornal de Umbanda Sagrada de Junho de 2008.


Por fim, para homenagear esse instrumento sagrado, segue o ponto cantado na abertura de todos os trabalhos de Umbanda: 

"Ô salve a Pemba!
Também salve a toalha!


Ô salve a Pemba!

Também salve a toalha!

Salve a coroa,
É de nosso Zambi é o maior!

Salve a coroa!
É de nosso Zambi é o maior!" 


Muito Axé e Paz!

FONTES:





Livro: Pemba: a grafia sagrada dos orixás, Autor: Mestre Itaoman, Editora : Thesaurus Editora, 1990.